terça-feira, 21 de julho de 2015

45 - 55º ANIVERSÁRIO DO PARQUE NACIONAL DA GORONGOSA



O Parque Nacional da Gorongosa comemora o seu 55° Aniversário na cidade da Beira


 COMUNICADO DE IMPRENSA
PARA DISTRIBUIÇÃO IMEDIATA


Terça-feira, 21 de Julho de 2015

Moçambique, África – O Parque Nacional da Gorongosa é o mais conhecido parque nacional de fauna bravia de Moçambique e situa-se no extremo sul do Grande Vale do Rift Africano. É o lar de alguns dos ecossistemas biologicamente mais ricos e geologicamente diversos do continente Africano. Os seus limites abrangem as grutas e desfiladeiros profundos do Planalto de Cheringoma, as vastas savanas do Vale do Rift e a preciosa floresta tropical húmida da Serra da Gorongosa.



O Parque Nacional da Gorongosa comemora a 23 de Julho do corrente ano, 55 anos desde que foi declarado Parque Nacional.

Na esteira desta efeméride, e em parceria com a Universidade Pedagógica, Delegação da Beira / Fundação UP, vai ter lugar a realização de um programa comemorativo que tem em vista trazer o Parque Nacional da Gorongosa à cidade da Beira, a capital da província de Sofala.

O programa que se realiza entre 23 e 25 de Julho, prevê actividades de vária índole desde informativas, de sensibilização e entretenimento, com o envolvimento de diversos segmentos da sociedade, nomeadamente membros do governo, da magistratura, parlamentares, do sector privado, estudantes das escolas primárias, secundárias e das Universidades baseadas na cidade da Beira.

O evento terá lugar das 9h às 16h30 de 23 a 25 de Julho de 2015 no Centro Universitário de Cultura e Arte na Cidade da Beira.




Se desejar receber mais informações sobre este assunto, ou se pretender marcar uma entrevista com as pessoas envolvidas no projecto, por favor ligue para Vasco Galante através de +258 822970010 ou envie email para vasco@gorongosa.net.


Para informações de carácter genérico, por favor consulte www.gorongosa.org

(Fim de citação)

NOTA DO GAG
O Núcleo Coordenador do GAG felicita a Administração  do PNG, bem como os responsáveis pelo Projecto de Restauração da Gorongosa, pela passagem do  55º aniversário desta importante área de conservação como Parque Nacional e pelos sucessos alcançados para a sua recuperação  nos últimos anos.
Felicitamos também todos os seus técnicos e  investigadores, assim como os trabalhadores que no seu dia a dia têm contribuído para os grandes sucessos alcançados naquele que é o mais emblemático Parque de Moçambique e um dos melhores de África!
A história do PNG remonta aos anos 20 do século passado e pode ser consultada AQUI

Lisboa, 21 de Julho de 2015
Celestino Gonçalves
(Membro do NC do GAG)


44 - SIMPÓSIO SOBRE CONSERVAÇÃO E BIODIVERSIDADE NO PNG









 SIMPÓSIO SOBRE CONSERVAÇÃO E BIODIVERSIDADE NO PNG


COMUNICADO DE IMPRENSA
PARA DISTRIBUIÇÃO IMEDIATA

18 Julho 2015
Desde o dia 11 de Julho o Simpósio “2015 Lost Mountain Next Gen” juntou um grupo internacional de estudantes universitários, cientistas, líderes da conservação e profissionais de aventura no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique. O simpósio de 12 dias está a provocar um debate sobre a conservação disruptiva – um novo modelo para construir conservação liderada pela comunidade em alguns dos lugares mais remotos e biologicamente mais diversos do mundo.

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Foto de família no Parque Nacional da Gorongosa

“O Simpósio “2015 Lost Mountain Next Gen“ tem a ver com trazer os futuros líderes para o debate aqui e agora,” explica Majka Burhardt, Directora da Iniciativa “Lost Mountain”. "E assim, estamos a fazer uma abordagem multidisciplinar a um dos desafios fundamentais que o mundo de hoje enfrenta: poderão as comunidades e os ecossistemas colaborar de forma efectiva de modo a que ambos prosperem?"

O consórcio “Lost Mountain” é dirigido pela organização Americana “Additive Adventure” e pela organização Moçambicana LUPA. A “Lost Mountain” começou em Maio de 2014 quando Burhardt, uma escaladora profissional e empresária social, conjuntamente com a sua colega escaladora profissional Kate Rutherford, lideraram uma equipa de biólogos, conservacionistas, e cinematógrafos na exploração do Monte Namuli, em Moçambique. A expedição, durante um mês, levou a cabo trabalho de campo cientifico e de conservação, usando escalada de rocha para aceder a habitats anteriormente não explorados.

Para além de estabelecer o primeiro percurso de escalada técnica de rocha no Monte Namuli, a equipa descobriu uma nova espécie de serpente, 40 géneros de formiga e 27 espécimes de herpetologia dos quais algumas dezenas ainda têm de ser identificados.

A “Lost Mountain” decidiu fazer o seu Simpósio 2015 no Parque Nacional da Gorongosa para melhor desenvolver as conexões regionais entre as iniciativas de conservação actuais e emergentes em Moçambique. A missão da “Lost Mountain” é de catalisar um futuro de cooperação para o Monte Namuli onde pessoas e ecossistemas possam prosperar juntos. Um princípio fundamental do trabalho inclui soluções de código aberto para assuntos complexos através de oportunidades como o Simpósio “Next Gen”.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento coloca Moçambique como o terceiro país mais pobre do mundo e a maioria das notícias aponta para a emergência do país após uma guerra civil tumultuosa que acabou em 1992. “Mas Moçambique também tem 14 grandes regiões ecológicas, montanhas impressionantes, e inúmeras espécies endémicas,” diz Burhardt. “Através da “Lost Mountain” estamos a partilhar uma narrativa diferente sobre esta terra tão diversa e as suas gentes.”

Durante o Simpósio de 12 dias que está a ter lugar no Centro de Educação Comunitária da Gorongosa, 11 estudantes Moçambicanos, 4 estudantes de outras partes de África, vários membros dos Departamentos de Relações Comunitárias e de Serviços Científicos do PNG estão juntos com um grupo dos Estados Unidos e estão a aprender princípios de planeamento e gestão de conservação, modelos de desenvolvimento de liderança, técnicas “Leave No Trace” e exames sobre os desafios contemporâneos com que se deparam a conservação e o desenvolvimento.

O Simpósio oferece a possibilidade aos participantes de explorar de forma multidisciplinar a conservação, a ciência, e a gestão planeada de recursos naturais em conjunto com a aprendizagem de habilidades práticas para trabalhar nestes ambientes e assim estabelecer conexões importantes com os actuais e futuros líderes.

“Chegou a altura de olhar para o futuro e criar harmonia com a natureza,” disse Aurélio Pais, um estudante da Universidade Eduardo Mondlane. “A conservação de florestas e ecossistemas como a Gorongosa e o Monte Namuli é uma forma de salvar as nossas vidas, preservar a nossa terra, e permitir às gerações vindouras que prosperem em Moçambique.”

Aurelio.jpgAurélio Pais

"Ao juntar personagens chave convencionais e não convencionais, estamos a ser capazes de criar soluções ágeis, eficazes e inovadoras para a conservação e o desenvolvimento," diz Burhardt. “Estamos a usar o Simpósio para tomar decisões e planos de acção em tempo real para os nossos próximos passos no Monte Namuli—e isso é conservação disruptiva."

Os estudantes Moçambicanos provêm de algumas das melhores universidades do país, a saber: Universidade Lúrio - Pemba, Instituto Politécnico Superior de Manica, Universidade Eduardo Mondlane, e Universidade Zambeze - Mocuba. No seu conjunto elas formam uma parte valiosa do Simpósio “Lost Mountain” porque ajudam a diversificar o processo de planeamento em grupo, tendo o programa reconhecido a energia, inovação e criatividade que advém de juntar jovens estudantes e novas perspectivas à equipa.

“Enquanto aguardava pelo primeiro momento desta aventura, o meu espírito estava cativado por um entusiasmo ainda maior... em investir tempo na busca de novas perspectivas,” diz o estudante da “Next Gen”, Gerson Tembissa, um estudante de Mestrado da Universidade Eduardo Mondlane de Maputo, Moçambique. “Para mim, explorar e conservar a natureza é como movimentar uma peça de xadrez: a vitória depende da forma de pensar.”

Gerson

Os estudantes de Moçambique como o Gerson e o Aurélio constituem o núcleo do grupo do Simpósio “Lost Mountain” – eles representam o futuro brilhante que antecipamos para a conservação no seu país. O Simpósio também oferece oportunidades importantes de estabelecer relações com a comunidade de conservação e de parques—um empregador chave em Moçambique. De facto o Parque Nacional da Gorongosa é um dos maiores empregadores da Província de Sofala.

“Para mim, o Simpósio “2015 Lost Mountain Next Gen” é uma grande oportunidade para criar notoriedade para a conservação da biodiversidade em Moçambique,” disse Aurélio. “Eu espero aprender muito e poder partilhar o conhecimento adquirido com os meus irmãos e irmãs Moçambicanos.”

"Neste momento do processo, é imperioso trazer os futuros líderes para o debate sobre a conservação e deixá-los tomar parte da acção," diz Burhardt. "E o que é ainda mais importante? Que isso aconteça neste momento."

ACERCA DA “LOST MOUNTAIN”
A Iniciativa “Lost Mountain” é um empreendimento internacional para garantir um futuro onde pessoas e ecossistemas prosperem juntos no Monte Namuli, em Moçambique. A Iniciativa começou com uma expedição de campo em 2014 que combinou escalada de rocha, investigação científica das vertentes da montanha, planeamento integrado de conservação, e media. O Monte Namuli, um monólito de granito com 2.419 m, é o maior de um grupo de montes isolados que sobressaem nos antigos vales do norte de Moçambique. É um dos habitats mundiais menos conhecido e mais ameaçado. Aqui, plantas e animais evoluíram como se estivessem numa ilha oceânica isolada, de tal forma que montanhas individuais tornaram-se num refúgio para espécies únicas de vida, muitas das quais têm ainda de ser descobertas ou descritas pela ciência. Biólogos e conservacionistas de várias partes do mundo identificaram o Monte Namuli como um ponto quente: um lugar de biodiversidade crítica e uma oportunidade para modelar uma nova visão para a preservação da fauna bravia que integra as vontades e necessidades das gentes locais.

O Consórcio “Lost Mountain” é dirigido pela organização Americana “Additive Adventure” e pela organização Moçambicana LUPA.

publicado por Parque Nacional da Goron
(Fim de citação)